O Bitcoin começou 2025 cercado de otimismo, mas terminou frustrando os maiores entusiastas do mercado.
Apesar de ETFs, adoção institucional e discurso pró-cripto em Washington, o preço ficou bem abaixo das projeções mais ambiciosas.
No início do ano, o Bitcoin superou US$ 100 mil e renovou máximas históricas, por isso, executivos e analistas passaram a projetar valores entre US$ 150 mil e US$ 250 mil até dezembro.
Entretanto, o cenário mudou rapidamente, anúncios de tarifas comerciais pelo governo Trump elevaram a aversão ao risco, além disso, investidores reduziram exposição após meses de forte valorização.
Desde 1º de janeiro, o Bitcoin acumula queda próxima de 10%, segundo dados de mercado. Em novembro, o ativo chegou a recuar 30% em relação ao pico de outubro, em US$ 126.080.
Arthur Hayes, cofundador da BitMEX, manteve previsões agressivas ao longo do ano, ele projetou US$ 200 mil para o Bitcoin em 2025, depois revisando para US$ 150 mil.
Mesmo com o preço abaixo de US$ 90 mil em novembro, Hayes insistiu no cenário otimista.
Além disso, ele atribuiu a tese à política monetária dos EUA, segundo Hayes, dinheiro mais barato empurraria investidores para ativos de risco, entretanto, esse fluxo não se materializou como esperado.
Tom Lee, da Fundstrat, iniciou 2025 prevendo US$ 250 mil por Bitcoin, na época, o ativo rondava US$ 100 mil, o que parecia plausível. Ao longo do ano, Lee reforçou o discurso pró-cripto, ele apostou em cortes de juros e maior liquidez global.
Mesmo assim, em novembro, reduziu a projeção para pouco acima de US$ 100 mil, portanto, ainda que menos ousado no fim do ano, o alvo seguiu distante da realidade.
Michael Saylor, da Strategy, também manteve expectativas elevadas, em outubro, ele afirmou que o Bitcoin poderia fechar 2025 perto de US$ 150 mil.
A empresa detém mais de US$ 59 bilhões em Bitcoin, o que reforça seu viés otimista, além disso, Saylor defende o ativo como reserva estratégica nacional.
Entretanto, mesmo com avanços regulatórios e apoio político, o mercado mostrou cansaço, o preço não sustentou novas máximas após a forte correção de outubro.
Ainda assim, Saylor relativiza o erro, sua tese de US$ 20 milhões por Bitcoin em 20 anos exige alta média anual de cerca de 30%.
No fim, 2025 mostrou que narrativa positiva não garante preço em alta. O Bitcoin segue relevante, porém mais sensível ao contexto macro.
Portanto, previsões extremas continuam populares, mas a realidade insiste em ser mais lenta.
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